terça-feira, 7 de outubro de 2014
Crença
Meu partido não se recompõe,
minha fé é crença em mim,
meu guia é meu desatino,
meu herói morreu sem nascer,
meu mestre é o tempo,
meu hobby é viver,
meu narcisismo é egoísta,
meu fim é certo,
minha certeza é finda,
meu eu sou outro,
e não há nada que eu seja ou não seja,
e não há nada que eu queira ou não queira,
e não há nada que eu sinta ou não sinta,
tudo e nada se encontram em mim,
e se sou, antes não era e, um dia, já não serei,
e se não sou, outrora já fui, e voltarei a ser outra vez,
e se quis, já não me importa, quererei amanhã novamente,
se não quis, agora quero, amanhã jogo fora,
e se sentirei, não sinto, mas senti.
e se não sentirei, sinto hoje, antes insensível.
Definir-me é dar sentido ao universo,
nem tento.
Definir-me é perscrutar as partículas elementares,
não me atrevo.
Definir-me é tentar entender a mente de Deus,
não acredito.
Prefiro não acreditar.
E para não enlouquecer,
vou à cozinha beber água.
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