terça-feira, 14 de julho de 2020

Pânico Meu

Meu medo é insolente, me provoca todos os dias, me transtorna e ironiza. Me ataca sem piedade. Me desafia. Se apossa dos meus pensamentos. Me aponta o dedo e me cospe a face. Me avilta. Às vezes, me derrota... Mas há dias em que eu venço. E a luta nunca cessa... Meu inimigo íntimo. Esse monstro que me habita e que eu nutro, sem querer. Essa chama que alimento e me consome. Esse mal, que jamais some, mas que um dia morrerá, de braços dados comigo. Meu amigo. Meu xará. Quando chamarem o meu nome, ele é quem responderá. Minha metade, da qual nunca sinto saudade, por não se afastar de mim. Estamos condenados a um mesmo fim.

Nenhum comentário: